RSS Feed

Sistema Nervoso na visão metafísica 1ª parte

Posted by Magali Marcadores:



O sistema nervoso é uma espécie de visor e processador das condições corporais, possibilitando a manifestação da consciência no organismo, bem como a interação com o ambiente.
Permite a coordenação biológica, a identificação do ambiente, a manifestação dos pensamentos e a mobilidade do corpo.
No âmbito metafísico refere-se ao elo consigo mesmo, que proporciona a percepção individual e situa a pessoa na vida, tornando-a capaz de se auto definir como alguém que existe diante de tudo o que está ao seu redor, promovendo a consciência de si.
Obviamente, reagir desprovido de qualquer relação com acontecimentos anteriores é praticamente impossível, principalmente por se tratar do sistema nervoso, que é especializado em fazer associações para identificar a realidade. Essa função é desempenhada em grande parte pela mente, e será descrita no tema ́”cérebro”.
Para conseguir certo nível de discernimento é necessário entrar num estado de lucidez, no qual a consciência seleciona as respostas, filtrando qualquer relação com episódios ruins e integrando-se com os fatos em questão.
A auto observação não é um hábito frequente. Dificilmente as pessoas incluem-se como foco da situação, fazendo referência àquilo que os acontecimentos causaram nelas ou, mesmo, como se sentem diante dos fatos.
Isso mostra o quanto as pessoas vivem desconectadas delas mesmas e não tem por hábito essa busca do eixo interior.
Geralmente, o ambiente torna-se o principal foco da existência. Nele são projetadas as inquietações e incertezas. As instabilidades emocionais, por exemplo, são transferidas para as situações exteriores, em forma de ameaças. As pessoas identificam os episódios corriqueiros, como se eles pudessem evoluir e causar grandes danos a elas. Ou ainda, prejulgam os acontecimentos como se houvesse algum tipo de injustiça em torno dos fatos, provocando o sentimento de vítimas das situações. Tudo isso é originado pela fragilidade interior que é revelada por meio da identificação tendenciosa do ambiente exterior.
Isso é tão evidente no processo existencial que se pode conhecer o universo interior de alguém por meio de sua condição de vida, pois a realidade exterior revela a condição interior.
As pessoas que se deixam levar pelos acontecimentos externos distanciam-se delas mesmas.
Tornam-se dependentes dos resultados, que raramente estão à altura das expectativas. Isso provoca frustração e pode desencadear os processos depressivos ou mesmo as compulsões. Além disso, elas estão sempre envolvidas com situações instáveis ou turbulentas. Esses eventos revelam suas inseguranças, inquietações e ansiedades que são cultivadas interiormente, sendo, portanto, transferidas para o ambiente exterior.
Quando a vida se apresenta de forma muito confusa, seguramente a pessoa traz em si uma série de conflitos existenciais. Principalmente a falta de estabilidade emocional, que é resultado da displicência para consigo mesma.
É preciso desenvolver o hábito da auto observação, pois assim estaremos mais próximos de nós mesmos, podendo descobrir aquilo que sentimos e compreender as necessidades internas, como as carências afetivas. Para que, aliados a nós mesmos, busquemos aquilo que realmente vai nos beneficiar, e não os subterfúgios existenciais, como viver falando da vida alheia, observando as falhas ou as grosserias dos outros.
A autoconsciência evita que as lacunas interiores se transformem, por exemplo, em desejo de posse ou compulsão de compras. Esses engodos são formas de preencher o vazio interior.
Geralmente, as pessoas não se dão conta da proporção das suas necessidades internas. Seria mais fácil lidarem com as suas próprias dificuldades se perceberem mais a si mesmas; isso resgataria o eixo de sustentação interna, restabelecendo o elo com a sua essência.
Em vez disso, muitas preferem fugir a encarar suas fraquezas. Caso o fizessem, teriam que reconhecer as suas vulnerabilidades e deparar com os próprios medos. Buscam serem reconhecidas e valorizadas pelos outros; tem necessidade de aprovação. Querem adquirir notoriedade positiva, ou seja, passar uma boa imagem para serem “badaladas” pelos bons resultados. Dependem de resultados positivos para se sentirem valorizadas e aceitas pelas pessoas que as rodeiam.
Procuram sanar suas necessidades emocionais e afetivas por meio dessas referências exteriores, melhor dizendo, de fora para dentro. O inverso é mais eficiente. Em primeiro lugar é preciso estar bem consigo mesma, reconhecer-se como pessoa, fortalecer a estima, para depois lidar com os acontecimentos exteriores.
Muitas vezes você foi tolerante para com os outros, procure agora compreender mais a si mesmo. Descubra algo bom a seu respeito e enalteça suas qualidades. O importante é estar consciente de si, sentir-se bem interiormente e agir a seu favor, consequentemente a vida será melhor. 

Texto extraído do livro: Metafísica da Saúde


Orar é ferramenta necessária para expurgar todo tipo de energia nociva e doentia... Vamos praticá-la mais intensamente e conscientemente...

Força, paz e luz na caminhada