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De que é feito um capacho - Parte II

Posted by Magali Marcadores:


De que é feito um capacho – Parte II

No artigo anterior, estudamos como funciona o mecanismo da co-dependência e no final, do mesmo, mencionamos que a marca registrada dessa síndrome é a NEGAÇÃO da existência, em nós, de comportamentos e pensamentos que alimentamos, tornando-nos indivíduos co-dependentes. Bem... Vamos estudar, um pouco, sobre a NEGAÇÃO...

A NEGAÇÃO nos conduz à ilusão de que a pessoa está realmente sob controle. Se você se der conta de que está dizendo coisas como “eu não sou nada disso”, “não tenho nada a ver com isso” ou “não estou envolvido (a) com ninguém viciado em drogas, trabalho, poder ou de comportamento destrutivo”, então é bom dar uma parada para olhar mais profundamente e refletir. Pode ser que a velha protetora, ou seja, a negação, não esteja querendo admitir a dolorosa realidade.
Negação é a nossa parte que não quer se arriscar, que fica em cima do muro, que quer viver com a ilusão de que tudo corre às mil maravilhas. Negação é, também, ser desonesto consigo mesmo, ou ter a mentalidade da “Bela Adormecida”, isto é; tudo é um mar de rosas, um castelo encantando onde príncipes e princesas vivem felizes para sempre.
É, apenas, mais uma forma de encobrir um tipo de comportamento anômalo. Quer dizer, se você não vê, então não há por que se importar. Nesse sentido, a negação funciona como proteção. É como um amigo. Que, na realidade, demonstra ser um falso amigo.
Os capachos manifestam vários tipos de negação. Em certo grau de percepção, o capacho tem conhecimento do problema, mas inconscientemente desliza para determinado nível de recusa, de negação, como uma estratégia para enfrentar a dor que envolve a situação.
Primeiro, há uma negação do fato. A verdadeira realidade é deturpada, no que se refere ao que está acontecendo e à existência do problema.
O segundo tipo de negação se relaciona com a consequência do comportamento co-dependente. Os fatos são registrados, mas há uma atitude do tipo: “E daí? Qual o problema? As coisas são assim mesmo”.
Outro tipo é a negação de sentimentos pessoais; as emoções são anuladas para que se possa enfrentar a situação. Existe o conhecimento dos fatos e a compreensão de suas conseqüências, mas a pessoa se recusa a reconhecer tal coisa e adota uma atitude de extremo otimismo.
Negação é também recusar-se a admitir a necessidade de mudanças na vida. Nesse sentido, o pensamento poderia ser: “Certo, é verdade, e está ficando cada vez pior. Não está me fazendo bem, mas não há nada que eu possa fazer”.
Com esse tipo de atitude não se pode obter ajuda ou tratamento.
O último tipo de negação é negar que caímos em negação.


Bem... Agora temos algumas informações que podem nos auxiliar na compreensão de como mantemos nossas relações de co-dependência junto às pessoas... Releia essas informações todas as vezes que entender ser necessário... Isso fortalecerá sua consciência e lucidez... No próximo estudo vamos ver um exercício que permita maior clareza.

Força, luz e paz na caminhada