Os aspectos metafísicos que envolvem o enfisema
pulmonar estão relacionados à dificuldade de absorção da vida. A pessoa não se
assume nem se posiciona frente às circunstâncias externas.
Tudo que foge ao estabelecido ou à dinâmica normal
da convivência deixa-a apavorada. Ela não tem habilidade de lidar com o
inesperado, procura se esquivar dos obstáculos. Sente-se frágil e desprotegida,
e por isso tem medo de acolher o que vem de fora e resiste às mudanças.
Essa mesma condição interna leva a pessoa a adotar
o tabagismo, tornando-se viciada em cigarro. Sendo ele apresentado como o
principal agente físico desencadeador do enfisema pulmonar, convém compreender
melhor os padrões interiores que mantêm esse vício.
A principal causa emocional do tabagismo é o medo
ou negação da vida. O fumante encontra, na sutileza da fumaça expelida pelo
cigarro, uma leve sugestão de proteção. É como se houvesse um escudo separando
a pessoa dos episódios desagradáveis e de certas presenças ameaçadoras. A
fumaça do cigarro suavemente distorce a forte expressão fisionômica dos outros.
O fumo é responsável pelo aumento da
suscetibilidade a qualquer doença infecciosa das paredes pulmonares. Na
concepção metafísica, os processos infecciosos estão relacionados as interferências
externas no mundo interno. Assim sendo, o fumante sente-se indefeso e, por
isso, se abala facilmente com os episódios desagradáveis da vida. Ele não
consegue manter sua integridade emocional, consequentemente torna-se vulnerável
às afecções pulmonares, em especial o enfisema.
O vício de fumar não é mantido apenas pela
dependência orgânica da nicotina, mas principalmente pela condição interna de
negação e medo da vida. Uma vez resolvidos esses fatores emocionais que mantêm
a pessoa dependente do cigarro, será fácil para ela parar de fumar.
Existem algumas pessoas que usam o cigarro apenas
como fonte de prazer.
Nesses casos, o organismo encontra maneiras de
reparar a agressão provocada pelo tabagismo. É o que acontece com alguns
fumantes que não apresentam nenhuma doença provocada pelo cigarro. Isso é possível
devido à capacidade regenerativa do organismo, que é estimulada pelas energias
produzidas pelo prazer. Tudo que nos proporciona satisfação aumenta o sabor
pela vida.
Quem estiver bem resolvido interiormente e se
utiliza do cigarro o faz moderadamente. Caso venha a perceber que seu hábito
está comprometendo sua saúde, a pessoa consegue parar de fumar com facilidade.
Raramente encontramos um fumante nessas condições,
porque alguém que vive bem e se sente integrado à vida dificilmente mantém
hábitos que possam causar prejuízos à sua saúde.
A maioria dos fumantes apresenta fragilidade
interior. O vício não é o aspecto causal, mas sim o efeito de uma condição interna
abalada. Por isso, mais importante do que combatê-lo é trabalhar as causas.
Fortalecer o indivíduo, desenvolver a segurança,
prepará-lo para os desafios da vida. Desse modo, estaremos dando condições para
que a pessoa se encoraje para viver, abra-se para a realidade e sinta-se
disposta a encarar a verdade sem distorcer os fatos.
Essa atitude tanto é saudável para os pulmões,
afetados pelo enfisema, quanto para preparar o indivíduo a não depender do
cigarro para viver.
Texto extraído do livro Metafísica da Saúde
Vale estudar os diversos lados e explicações...
Luz, paz e força na caminhada