Estar de bem consigo mesmo propicia uma boa relação
com o meio exterior, inclusive com as pessoas ao nosso redor. Esse estado
interior melhora a qualidade de vida e também preserva a saúde do sistema
nervoso.
O tipo de ligação que estabelecemos com os fatores
internos e externos representa importantes aspectos metafísicos que favorecem a
saúde e o bom funcionamento do sistema nervoso central e periférico. No tocante
a essas ligações estabelecidas consigo mesmo e/ou com a realidade, existem dois
fatores determinantes: o envolvimento e o desprendimento.
O envolvimento é o vínculo estabelecido da pessoa
para com ela mesma ou com o que a rodeia; ela passa a ser bem posicionada em
relação aos próprios sentimentos. Participa ativamente dos assuntos, fazendo
colocações como, eu penso, eu sinto, etc. Adquire maior objetividade para lidar
com as diversas situações da vida. A criatividade se acentua, proporcionando
boa desenvoltura para sanar as turbulências e resolver os conflitos. Evita uma
série de transtornos que a omissão e o distanciamento ocasionariam.
Dentre as principais qualidades dessa postura,
destacam-se: maior experiência e conscientização, estabilidade emocional,
melhor aproveitamento das faculdades interiores, tais como a inteligência, a
perspicácia, a astúcia e a determinação.
Por outro lado, o envolvimento exagerado ou até
obsessivo pode causar alguns transtornos,
tais como preocupação excessiva, tensão exagerada,
estresse, e até desencadear algumas neuroses.
O desprendimento ou distanciamento é outra atitude
metafisicamente relacionada ao sistema nervoso. Até certo grau, o
desprendimento pode ser algo muito positivo. Permite, por exemplo, que a pessoa
faça uma auto avaliação acerca dos próprios sentimentos. Ser imparcial e não
fervorosa nas convicções, permite que a pessoa use o bom senso e amplie a visão
de mundo, levando-a a rever algumas de suas verdades. Pode-se dizer que essa é
uma grande abertura para conceber o novo e reformular alguns valores internos.
O desprendimento dos assuntos que dizem respeito a
si ou mesmo aos outros, permite à pessoa ser imparcial, usar de ponderação e
comedimento, evitando decisões precipitadas. Para fazer um bom julgamento, por
exemplo, é imprescindível distanciar-se emocionalmente para ver os dois lados
da questão.
Muitas vezes, sair da linha de frente dos afazeres
dá à pessoa uma pausa para ela refletir sobre o que está sendo feito, evitando
ações exageradas que não levam a resultados promissores.
Isso minimiza o impacto causado pelas turbulências
da realidade exterior. Essa postura pode não resolver imediatamente o problema,
mas suaviza os danos emocionais causados pelas situações conflituosas. Sem
contar que é uma atitude recomendada para diminuir o grau de ansiedade causado pelas
expectativas que as pessoas costumam ter sobre elas mesmas ou sobre o
desenrolar dos fatos.
Por fim, a prática do distanciamento torna a pessoa
maleável e flexível, evita desgastes excessivos, melhora o desempenho e aumenta
a confiança. Para soltar é preciso confiar em si mesmo e no fluxo da vida, que
conduz para o melhor resultado. Essa é uma maneira mais suave de conduzir a
vida.
Por outro lado, se o distanciamento for levado ao
extremo poderá tornar a pessoa omissa e alienada, fria emocionalmente e indiferente
para com o que se passa ao seu redor, inclusive para com os próprios
sentimentos. Popularmente, pessoas assim são conhecidas como desligadas.
Perdem o interesse por tudo, ficam alheias ao mundo
e também a si mesmas.
Texto extraído do livro: Metafísica da Saúde
O amor verdadeiro não é apego ou posse... É uma expressão do Criador que promove cura, interior ou exterior, une, de fato, os seres de todos os reinos, desenvolve a gratuidade e a comunhão... E, ainda, achamos que vivemos um mar de rosas... Mãos na massa e vamos perceber para transformar...
Força, luz e paz na caminhada