A glândula pineal é uma estrutura cônica do
tamanho de uma ervilha, localizada no centro do cérebro. Sua função é produzir
a melatonina. Quem marca os compromissos biológicos diurnos e noturnos é a
pineal, por meio da melatonina, que é secretada somente durante a noite. Sua
presença ou ausência na corrente sanguínea dispara funções cerebrais que preparam
o corpo para o sono ou para a vigília. Esse hormônio também age em todo o organismo,
regulando as atividades corporais e mantendo o ritmo biológico.
O corpo humano, como o da maioria dos
animais, produz a melatonina em abundância na juventude. No entanto, durante a
puberdade os níveis desse hormônio sofrem ligeira queda, porque ele exerce
ações inibidoras nos órgãos reprodutores, que nessa fase da vida estão no auge
do desenvolvimento. O fato de ele encontrar-se reduzido nesse período colabora
com o processo de maturidade dos órgãos reprodutores. A partir daí, as taxas de
melatonina no organismo de um jovem voltam a subir, apresentando novo declínio
na velhice (entre 60 e 70 anos). Aos 60 anos, a quantidade de melatonina na
corrente sanguínea corresponde praticamente à metade da apresentada na fase dos
20 anos. Por volta dos 70 anos, os níveis são muito baixos; em algumas pessoas,
quase nulo.
Estudos recentes feitos pela classe
científica atribuem a melatonina importantes funções no corpo, como: atenuação
da insônia, ajudando as pessoas a dormir melhor, induzindo o sono sem causar
dependência; combate aos efeitos do "jet lag" (alterações no relógio
biológico que interferem no ritmo corporal, devidas à brusca mudança de fuso
horário que ocorre, principalmente, em viagens intercontinentais); proteção das
células contra os danos Provocados pelos radicais livres, retardando o
envelhecimento; fortalecimento do sistema imunológico, melhorando as defesas do
organismo.
Muitas pesquisas estão sendo realizadas com o
objetivo de utilizar a melatonina sintética, produzida em laboratório, para os
casos acima. Como se trata de assuntos como longevidade, imunidade e bom sono,
isso provoca nas pessoas grande expectativa por soluções para essas condições.
Sendo a melatonina uma alternativa em estudo, pode despertar em alguns o desejo
de usá-la precipitadamente ou sem acompanhamento médico.
Enquanto esses estudos não forem concluídos,
não devemos nos aventurar na ingestão desses medicamentos. Somente um
especialista da área médica está gabaritado para orientar a respeito da
utilização desse hormônio.
A descoberta dessa importante substância
hormonal produzida pela glândula pineal é algo recente na medicina.
Até pouco tempo atrás, essa glândula não
tinha uma função definida no corpo.
Sabia-se que nenhuma Outra glândula exercia
efeito hormonal sobre ela, mas também não se atribuía a ela função biológica
específica.
Antes mesmo da descoberta da melatonina e de
seus importantes efeitos na coordenação dos processos fisiológicos, a glândula pineal
ocupou um lugar de destaque entre os filósofos, os místicos e alguns segmentos
religiosos. A ela é atribuída posição de suprema coordenação energética, e ela
é um dos principais chacras do corpo.
Ao longo do tempo, a glândula pineal recebeu
várias denominações, como "sede da alma", "glândula do
saber" e "radar psíquico". Para os hindus ela representa o "centro
de força”; já para os ocultistas, "olho de Shiva", representando o
elo entre o macrocosmo e microcosmo. Em suma, essa glândula sempre foi
considerada pelos místicos, filósofos e algumas religiões como uma espécie de
central de comando do corpo e de conexão com o divino.
A glândula pineal também é conhecida como
epífise, palavra de origem grega: "epi" significa acima, de ordem
superior "fise" origina-se da palavra "phisis", cujo
significado denota natureza; portanto, a etimologia dessa palavra corresponde
aos aspectos metafísicos atribuídos a essa glândula, que é a natureza do ser e
estado elevado da consciência.
Metafisicamente, a glândula pineal é
considerada a região do corpo onde se localiza o principal foco da consciência
e da lucidez do ser humano. É uma espécie de referencial físico manifestador do
"eu superior". Representa nossa capacidade de definir os objetivos e
assumir uma direção na vida.
Pode-se dizer que por intermédio dela
assumimos a coordenação dos diversos centros energéticos do corpo, os chacras,
e consequentemente estabelecemos boas condições corporais, possibilitando a
manifestação do ser na vida orgânica.
Nossas escolhas definem imediatamente uma
condição corporal. O organismo prepara-se para a execução daquilo que foi
assumido por nós. Caso nossa escolha seja, por exemplo, participar de uma
atividade, mesmo sendo exaustiva, o corpo fornece energias suficientes para realizá-la.
O organismo atende ao nosso comando por meio dos hormônios. Eles são
mensageiros bioquímicos que estabelecem uma imediata condição corporal,
compatível com nossas posturas interiores perante o meio externo. Cada
substância desempenha uma função específica no corpo, no sentido de estabelecer
um estado biológico compatível com aquilo que sentimos.
Em suma, nós decidimos o corpo
"obedece", e a vida se rende às nossas determinações.
Texto extraído do livro Metafísica da Saúde
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