O termo fibromialgia significa dores nos músculos,
afetando também os ligamentos e tendões. Outra definição é síndrome dolorosa
crônica. Essa doença acomete principalmente as mulheres entre 30 e 50 anos. O diagnóstico
é, difícil em razão de suas características específicas. Até o momento, a
síndrome de fibromialgia não aparece nos exames laboratoriais, por isso o
diagnóstico depende principalmente das queixas ou das sensações corporais que a
pessoa relata ao médico. Os principais sintomas associados à fibromialgia são
dor difusa e generalizada pelo corpo, presença de onze a dezoito pontos
dolorosos, fadiga, rigidez matutina, alterações do sono. Para ser
caracterizados como fibromialgia, esses sintomas devem estar ocorrendo nos
últimos três meses.
Na fibromialgia, a pessoa se sente extremamente
arrependida por ter sido omissa nas situações passadas, vítima da falta de
apoio e de consideração dos outros. Foi displicente com as necessidades
próprias para atender às solicitações alheias, arrepende-se por ter feito para
os outros aquilo que deveria ter feito para si mesma. Encontra-se angustiada
por não ter tomado as medidas cabíveis que mudariam todo o curso de sua vida.
Esses sentimentos corroem a pessoa comprometendo a capacidade de atuar na
realidade presente e impedindo-a de alterar os acontecimentos desagradáveis.
Ela imagina que, se tivesse agido de outra maneira, as coisas não estariam tão
confusas. No passado houve muitas chances, mas ela não contava com o incentivo
daqueles que estavam à sua volta. Por isso, não assumiu uma conduta diferente,
fazendo o que era necessário naquela época. Sem apoio, não teve força para
agir.
Hoje, não se conforma por ter se omitido tanto e
ter delegado poder a quem não fez jus à confiança depositada nela. O que essas
pessoas precisam compreender é que não tinham firmeza suficiente para encarar
uma situação e atuar nela sozinhas, pois não contavam com a colaboração dos
outros. Não eram independentes nem determinadas para ousar proceder de maneira
contrária àquilo que era estabelecido no meio em que viviam. Tinham, também, as
crenças que foram incutidas pela sociedade, dificultando ainda mais suas ações.
Assim sendo, sentiam-se culpadas quando tinham de desagradar alguém ou não
podiam atender aos caprichos dos outros. A atitude de se autocondenar com as
cobranças é tomada porque a pessoa não leva em consideração seus próprios
limites daquela ocasião, pois ela não era madura o suficiente para um confronto
com algo tão radicalizado na realidade ou com alguém de grande expressão no
ambiente. O constrangimento absorve aquele que não se dá força nem cultiva o auto
apoio. Mas isso é conquistado com o tempo, faz parte do processo de
amadurecimento, que soma experiências, elevando a autoestima, despertando o
amor próprio e fortalecendo a segurança, até que finalmente a pessoa está apta
a tomar as rédeas da própria vida. Assim que começa a agir e promover muitas
mudanças, experimenta a agradável sensação do poder sobre o próprio destino.
Nesse momento começam a surgir alguns pensamentos torturantes como: "Por
que só agora?", "Quanto tempo perdido!", "Como fui ingênua
em ter acreditado nos outros a ponto de delegar a eles o poder de me fazer
feliz!" Essas atitudes, em vez de fortalecer a pessoa e beneficiar sua
nova condição de vida, ao contrário, enfraquecem-na. Esses pensamentos vão
minando as forças de atuação no presente, dificultando recuperar tudo que foi
perdido e impedindo a conquista de resultados promissores na vida profissional
ou afetiva. Esse estado interior se intensifica a ponto de se tornar uma
condição dolorosa, desencadeando o processo somático em forma de fibromialgia.
Consciente de sua realidade, é preciso ser madura o suficiente para não se
deixar consumir pelos fracassos nem pelos sentimentos de derrota. Também não se
deve apoiar na doença para justificar a dificuldade de atuar nas situações ao
redor. Mais do que nunca, a pessoa precisa de disposição e muita energia para
reverter coisas ruins da realidade e criar novas oportunidades.
Lembre-se,
tudo ocorre no momento oportuno; nunca é tarde para agir e mudar o curso de
nossa existência. Para conquistar aquilo que almejamos, precisamos ter
disposição para agir, vivacidade para estabelecer vínculos que venham, a se
somar aos nossos propósitos e, principalmente, sustentação interior para
consolidar nossas conquistas na vida. Antes éramos entusiasmados com tudo, mas
não tínhamos maturidade para agir com coerência nem vivacidade suficiente para
nos esquivar de certas coisas que atrapalhavam nosso progresso. Alcançar
prematuramente os objetivos antes de ter um aprimoramento interior, necessário
para manter aquilo que foi conquistado, pode ocasionar seguidas perdas. Mais
importante do que conquistar algo na vida é mantê-lo, estendendo aquilo por
longos períodos, perpetuando algo de bom, como a felicidade ou até algum bem
material. Acredite: você nunca esteve tão preparado para o sucesso como agora.
Inicie uma nova trajetória, manifestando seu potencial. Revele na realidade os
potenciais latentes em sua alma. Dessa maneira você não se fere, mas fortalece
seu interior, aprimorando a capacidade realizadora: e criando condições para se
tornar uma pessoa realizada e feliz. Há certas atitudes que são extremamente
importantes para ser praticadas, como fazer aquilo que gosta e o que realmente
dá prazer. Mesmo sendo pequenos gestos, já representam significativos passos
para se obter a satisfação pessoal na vida.
Extraído do livro Metafísica da Saúde
Força, Luz e Paz