No âmbito metafísico, essa glândula reflete os estímulos
emocionais, estabelecendo no corpo uma condição propícia ao estado interior.
Ela manifesta a capacidade que temos de mobilizar nossos recursos para alcançar
aquilo que almejamos na vida.
O curso de nossa existência vai se desenrolando naturalmente.
À medida que vamos nos envolvendo com as situações corriqueiras e priorizando
aquilo que corresponde aos nossos interesses, vamos definindo a própria
trajetória de vida. Gradativamente, a realidade vai tomando um formato compatível
com nossas aspirações.
A própria vida se incumbe de nos direcionar para aquilo
que nos apraz. Por isso, viver centrado no presente é um caminho para a conquista
de novos objetivos. Os elementos necessários para sermos bem sucedidos estão
muito próximos de nós, compondo as situações que nos envolvem. Por isso, para
alcançar as realizações e obter sucesso, precisamos nos integrar com o meio em
que vivemos.
Vale lembrar que as situações cotidianas exigem o mesmo
empenho e criatividade que os grandes feitos na vida. Portanto, dedicar-se aos episódios
considerados meramente triviais promove aprimoramento interior, desenvolvendo
a astúcia e a determinação, qualidades imprescindíveis para a realização dos
grandes feitos. As melhores conquistas são aquelas obtidas por meio da atuação
precisa no ambiente.
Mudar sem conflito requer uma participação ativa na
realidade. Não devemos exagerar nas ações, tampouco nos omitir, porque os exageros
ocorrem por causa da necessidade de compensar as lacunas afetivas.
Ser movido pelos desejos ardentes compromete a fluxo
natural da vida. Ambicionar resultados imediatos é uma das
principais causas do fracasso. O princípio básico de qualquer conquista
consiste em saber lidar com o elemento tempo.Tudo tem o momento oportuno para acontecer.
Precipitar certos acontecimentos poderá comprometer
a qualidade da experiência, ou, ainda, implica imaturidade para lidar com aquilo
que adquirimos, comprometendo nosso bom desempenho na vida. Toda vez que
tentamos forçar uma situação, podemos atrapalhar a ordem natural do processo e
nos distanciar das reais soluções.
Também não devemos resistir ao novo, porque isso implicaria
o afastamento daquilo que almejamos.
Não há necessidade de romper subitamente com tudo que
nos cerca para alcançar aquilo que pretendemos. O radicalismo não é a única maneira
de promover mudanças. Ao contrário, ele impede o desenvolvimento de certas
habilidades imprescindíveis para fazer bom uso daquilo que alcançamos.
O melhor preparo para lidar com as situações existenciais
é obtido durante o período de conquista. Pode-se dizer que o tempo necessário
para uma pessoa alcançar seus objetivos é relativamente o mesmo que ela precisa
para responder com maturidade, dominando aquilo que existe ao redor.
Há também outro aspecto metafísico relacionado com tireoide,
ela representa uma espécie de agente orgânico mediador entre o indivíduo e o
ambiente, integrando o mundo interno ao meio externo. O estado emocional desempenha
importante papel naquilo que realizamos no meio.
O bom humor, por exemplo, proporciona a disposição física
necessária para alcançar nossos objetivos. Quanto melhor for nosso estado
interior, maior será nosso desempenho no meio exterior, aumentando as chances de
sermos bem sucedidos.
Nossas vontades criam os impulsos vitais que acionam
as forças interiores, desenvolvendo as aptidões para o sucesso.
A astúcia e a determinação são qualidades inerentes
ao ser. Imbuídos de um firme propósito, acionamos essas forças interiores para
alcançar os objetivos. Enquanto estamos elaborando uma estratégia, simultaneamente
vamos nos motivando às ações.
Impulsos psíquicos criam forças que percorrem o sistema
nervoso, contraindo a musculatura e predispondo o corpo para agir.
Em síntese, a astúcia mobiliza as qualidades mentais
para criar um plano de ação, a determinação desperta as condições corporais
para executar aquilo que foi programado. Ao assumir um posicionamento
na vida, é necessário nos manter firmes naquele propósito, dessa forma, passamos a ter vigor físico
necessário para conquistar os objetivos. Para tanto, é necessário que estejamos
em harmonia interior, obtida por meio do equilíbrio entre o que sentimos e o
modo como agimos, visto que nossos conflitos nos enfraquecem, sabotando a força
realizadora. A aceitação das vontades próprias, pertinentes a nossas aspirações
e sentimentos, é fundamentalmente importante para mover os recursos no meio
exterior. No entanto, as pessoas que tem vontade, mas não se sentem no direito
de ir em busca de seus objetivos frustram-se, sufocando os anseios.
A comunicação e a expressão corporal são fatores metafísicos
relacionados à glândula tireoide. Expressar-se bem e dedicar-se à realização
dos objetivos são atitudes que representam um fator determinante à saúde dessa
glândula.
Para obter sucesso na vida é preciso reconhecer o
campo de atuação e observar os acontecimentos, porque eles enriquecem a
experiência pessoal, favorecendo a maneira de proceder com a realidade. Saber
ouvir é uma qualidade que amplia as chances de sucesso.
Geralmente o meio não corresponde de imediato àquilo
que pretendemos alcançar. Por isso é necessário abrir-se para receber opiniões,
acatar as sugestões dos outros, encontrando um ponto de equilíbrio entre você e
o ambiente. Ter bom discernimento entre os próprios anseios e as possibilidades
que a vida oferece contribuirá para estabelecer melhores condições
existenciais.
Por fim, tanto a verbalização e a realização daquilo
que sentimos quanto o acatamento dos conteúdos exteriores são fatores metafísicos
relacionados com a tireoide.
A saúde da tireoide depende de nossa liberdade de ação
e da descontração necessária para planejar um meio de executar os objetivos,
dando vazão à criatividade e à originalidade. Somente assim podemos alcançar resultados
promissores na vida.
A liberdade é uma condição interior. Ela não depende
exclusivamente dos fatores externos, mas também da capacidade de expor os pontos
de vista, realizar aquilo de que temos vontade e usar o direito de escolha,
permitindo-nos a qualquer instante mudar o curso de nossa vida em busca de algo
melhor. Todos somos livres para escolher aquilo que melhor nos convém. Ninguém
tira nossa liberdade, somos nós que nos aprisionamos as pessoas ou situações.
É comum ouvir as pessoas dizerem "Isto está me
pegando", demonstrando-se preocupadas com algo que não faz parte daquilo
que estão vivendo no presente ou naquele instante. Nesse caso,
são elas que estão apegadas ao fato ou a alguém.
Portanto, nada nem ninguém tem poder suficiente para
dominar nossos pensamentos, mantendo-nos ligados a uma situação, somos nós que não
conseguimos nos libertar.
Podemos ser plenos naquilo que realizamos sem ficar
desviando a atenção para mais nada. Desse modo teremos bom desempenho e alcançaremos
melhores resultados.
Quando algo não anda bem, é preciso ter o desprendimento
necessário para se renovar, experimentar as opções que a vida oferece e
determinar novas direções para nossa existência. Para conquistar isso,
precisamos abandonar os condicionamentos, ser menos criteriosos e não valorizar
tanto aquilo que não deu certo; procurar a todo instante ser quem verdadeiramente
somos, e não exatamente aquilo em que nos tomamos, com os papéis sociais que
assumimos; resgatar a essência e liberar as vontades, para sair em busca das
possibilidades de uma vida melhor.
Abandonar os métodos e conceitos adquiridos pode ser
um significativo passo para o bem estar. Também é preciso parar de viver num mundo
de sonhos e fantasias, tornando-nos mais atuantes na realidade.
Ser livre não significa adotar medidas radicais e inconsequentes.
Muitas vezes ficamos tão saturados com as situações que nos rodeiam, que num
primeiro momento queremos romper com tudo, achando que somente assim nos
libertaremos dos emaranhados.
Nem sempre é possível parar de fazer aquilo que está
nos incomodando. Nesse caso, é preciso encontrar uma maneira diferente de encarar
os obstáculos.
Geralmente, o simples fato de mudarmos o foco da situação
já é suficiente para amenizar o desconforto causado pelos desafios que a realidade
nos impõe.
Quando nos obrigamos a praticar o que não temos vontade
de fazer, passamos a não gostar daquilo. Mas, se o encaramos como uma ação
necessária naquele momento e, não tarefa obrigatória, invertemos o sentido.
Assim, passamos a aceitar melhor, favorecendo nosso desempenho. Podemos nos
sentir totalmente livres, em pleno exercício da atividade do cotidiano e no cumprimento
dos compromissos que assumimos na vida, desempenhando nossas funções com prazer
e alegria.
A falta de liberdade nos causa grande desconforto. Quando nos sentimos tolhidos, ficamos insatisfeitos
com o estilo de vida que não condiz com aquilo que aspiramos.
Passamos a nos sentir descontentes, desejamos realizar
algo que transcenda aquilo que nos cerca, como, por exemplo, estar em outro lugar,
fazendo algum passeio, quando não se pode ausentar do trabalho.
Tudo depende de nosso desembaraço diante daquilo que
nos cerca. É preciso sentir-se bem com o próprio jeito de ser, não depender somente
daquilo que realizamos.
Nossa satisfação não deve restringir-se a certas atividades,
é necessário manter o desembaraço em tudo que realizamos para ter prazer naquilo
que fazemos.
Perdemos a liberdade quando nos apegamos aos outros.
Os conceitos e valores que adotamos ao longo da vida também reprimem nossa espontaneidade
e sufocam a originalidade.
Pela consideração ao outro, muitas vezes, desrespeitamos
nossas vontades, ultrapassando os limites da dedicação. O empenho na participação
das tarefas corriqueiras deixa de ser um gesto de colaboração, tornando-se uma obrigação que é mantida como um fardo. Essa espécie de teia da
convivência representa uma das principais ameaças da liberdade, prejudicando a
felicidade. Isso se agrava quando alguém quer se destacar no ambiente, agindo
de maneira rude, recriminando os outros, e, muitas vezes, apela para a
estupidez para chamar a atenção. Comportamentos dessa natureza impressionam negativamente
a todos que o cercam, criando uma atmosfera de medo. Na tentativa de impor
respeito, as pessoas que agem assim acabam criando um clima de terror, dificultando
a vida de todos ao seu redor.
Existem também as pessoas que dominam fazendo-se de
vítimas. Elas mobilizam todos que estão à sua volta, cobrando atenção e carinho.
Dependem dos outros para tudo que fazem, criando assim uma teia de manipulação
que, além de comprometer sua própria liberdade, também complica o desempenho dos
entes queridos.
Ambas as formas de domínio são causadas por pessoas
carentes, que dependem do outro para satisfazer suas lacunas afetivas. Buscam
obter essa atenção por meio de artimanhas condizentes com sua personalidade.
Aqueles que são retraídos, por exemplo, inferiorizam-se com facilidade,
apelando para o vitimismo, já os mais explosivos recorrem aos métodos mais
rígidos como a crítica ou a estupidez.
Esses mecanismos usados pelas pessoas manipuladoras
prejudicam a convivência, desgastam o sentimento e comprometem a liberdade de
todos.
Apesar dessas influências serem muito fortes, elas
não são suficientes para nos tolher dentro de casa. O envolvimento afetivo e a
falta de habilidade para lidar com esse tipo de situação é que nos tornam
vulneráveis a isso tudo, prejudicando nosso desembaraço na intimidade do lar.
Pode-se dizer que não são exatamente os outros que nos atrapalham, mas nós
mesmos que não conseguimos superar esse tipo de dificuldade na
convivência, prejudicando nossa livre expressão na vida.
Para termos bom desempenho diante das pessoas com quem
convivemos, é preciso nos despojar das impressões constrangedoras. Não adianta
sermos desembaraçados fora do meio de convivência diária, isso não vai sanar as
dificuldades encontradas com os entes queridos.
A conquista da liberdade é obtida por meio da reformulação
de algumas crenças e valores que nos fazem sentir presos às obrigações.
Um exemplo de reformulação é pensar que tudo na
vida é uma opção e de alguma maneira escolhemos estar ali fazendo aquilo que
nos cabe no presente.
Imbuídos pelo intuito de ser alguém na vida e obter
o reconhecimento dos outros, costumamos sufocar nossa essência. Tornamo-nos
dependentes da aprovação das pessoas, principalmente dos familiares. Também os
bens materiais passam a ser mais que elementos de conquistas para o usufruto,
tornando-se imprescindíveis para a autoestima.
A demasiada importância atribuída aos pertences nos
torna dependentes e aprisionados ao desejo de conquista, ou, ainda, pode causar
medo de perdas, de prejuízos financeiros, comprometendo nosso desembaraço em
meio a isso tudo.
Deixar de ser materialista não significa total desprezo
aos bens, mas sim desapego, gozo do privilégio de usufruir, sem depender de
algo físico para sentir-se importante. A baixa auto valorização nos torna dependentes
dos outros, principalmente das conquistas materiais. Somente conseguiremos
vencer o sentimento de inferioridade quando elevarmos a autoestima e passarmos
a dar mais valor a nós mesmos.
Por fim, liberdade não deve ser confundida com libertinagem.
Um indivíduo libertino é desordeiro, não respeita os limites dos outros, quebra
a harmonia do ambiente, quer fazer aquilo que acha certo, no momento que mais
lhe convém. Não assume a responsabilidade pelos seus atos, é inconsequente e imaturo.
A liberdade é uma condição natural do ser. Não significa
ter total domínio sobre as situações ou mesmo controlar todos que o cercam, mas
sim articular a realidade de forma a encontrar os meios para realizar os
objetivos e saciar as vontades.
Texto extraído do livro Metafísica da Saúde
Que a liberdade espiritual seja nossa condutora e que possamos ter a consciência de escolhê-la e não rejeitá-la como o fizemos até o momento...
Luz, força e paz na caminhada
Luz, força e paz na caminhada
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