Ficam hipnotizadas pela ideia de impotência diante
de certos acontecimentos que consideram difíceis e sobre os quais não querem
ter nenhum controle ou responsabilidade.
É comum, nas situações dolorosas que afetam a elas
mesmas ou os outros, as pessoas se acovardarem, em vez de resistirem com
coragem e determinação. Quando não compreendem a causa de certos acontecimentos
catastróficos, alguns justificam seu comodismo com frases como: "Deus ou o
destino quis assim" ou "Não aconteceu porque não era para ser".
Outros preferem se revoltar a procurar desvendar a verdadeira realidade dos
fatos. Reagir com comodismo ou revolta é preservar uma atitude de vítima.
O "vitimismo" é sem dúvida o maior
empecilho ao progresso da humanidade.
Você também pensa dessa maneira?
Acredita que sorte, azar, acidentes, catástrofes,
dramas, alegrias, enfim, as coisas que acontecem em sua vida são independentes
de sua vontade? Considera que o acaso provoca as situações ruins?
Imagina que existe algo movimentando sua vida e que
você mesmo não tem participação alguma? Pensa que seus problemas são causados
pela inveja dos outros ou pelo destino e não por sua condição interna?
Se você acredita nisso, provavelmente vive nas
teias amargas do "coitado", pois se deixa levar ao sabor dos
acontecimentos, já que está sob o domínio de uma força que considera ser independente
de sua vontade.
Pensar dessa maneira causa-lhe complicações e
sofrimentos que reprimem a expressão de vida. Aquele que se julga vítima
acredita que está no mundo para sofrer.
Alimentar pensamentos dessa ordem não lhe permitirá
usar seu poder de transformar os acontecimentos desagradáveis e edificar uma
vida melhor.
De modo geral, o ser humano crê na fatalidade, no
acaso e na negligência.
Quando "acidentes" acontecem, as pessoas
imediatamente definem as ocorrências, sem dar a chance de perceber se há outra
forma de encarar os fatos.
Explicar algo classificado como fatalidade não é
uma tarefa fácil. Compreender o que está por trás de um acontecimento ruim exige
certa predisposição a acatar o novo e abandonar os conceitos impregnados na
humanidade.
Um acidente parece sempre algo inexplicável, e o
acaso um mistério agindo aleatoriamente. Pensar desse modo é o mesmo que
considerar que o nada pode fazer tudo, como realizar feitos extraordinários, provocar
acidentes, promover sua demissão do emprego, fundir o motor de seu carro, causar
uma infestação de cupins em sua casa e uma série de outros males que o rodeiam.
Olhar a vida por essa óptica é acreditar que somos vítimas dos mecanismos
naturais.
A ideia de sermos vítimas das fatalidades não é a
melhor concepção de vida. É inaceitável crer que um ser superior governe tudo
como um déspota ou mesmo que é o acaso que provoca todos os contratempos na
vida das pessoas. Assim também não se pode acreditar que a natureza é caótica a
ponto de cometer alguns lapsos em seus intrincados mecanismos de funcionamento.
A natureza é sábia, portanto para toda ação há
sempre uma causa, mesmo quando nossa inteligência não consegue alcançar o
conhecimento dos processos da vida. Quem segue sua intuição e busca outra visão
dos acontecimentos, rompendo com a concepção do acaso e da injustiça, acaba encontrando
as respostas para as ocorrências desagradáveis.
Experimente desafiar a ideia de fatalidade e busque
a consciência das verdadeiras causas. Não acredite cegamente no que lhe foi
passado. Procure obter uma vivência prática, observe as sensações de seu corpo,
dê vazão à intuição. Esse procedimento possibilita desvendar a realidade dos
acontecimentos.
O "vitimismo" é uma forma infantil de
lidar com os fatos.
De que modo, então, poderemos compreender os
acidentes, as catástrofes e as situações problemáticas ou maravilhosas, se não
cremos mais no acaso, se não responsabilizamos os outros, tampouco os atribuímos
à vontade divina ou aos imperativos da vida?
Qual a explicação plausível para o que acontece de
bom ou prejudicial em nossa vida?
A resposta é: Você é a causa de tudo!
É o centro de sua vida e senhor de seu próprio
destino.
Este livro tem o propósito de comprovar por meio
dos fundamentos metafísicos que essa afirmação é verdadeira.
Caso suas condições de vida não estejam a contento
e ela esteja repleta de impedimentos, relacionamentos difíceis, escassez de
recursos econômicos, doenças, etc., é sinal de que você não está fazendo uso
adequado de seus poderes naturais, os quais comandam seu destino.
Acatar a consciência metafísica é abandonar o
pretexto de atribuir ao externo suas frustrações internas; é reconhecer em si mesmo
o referencial manifestador que cria a realidade, atraindo para si tudo de bom
ou ruim que lhe acontece na vida.
A vantagem dessa mudança é que você resgata o poder
natural e passa a ter capacidade para transformar as situações desagradáveis
que estão à sua volta, alterando o curso de sua vida para melhor.
Se de um lado você perde o álibi que justifica suas
inabilidades, por outro adquire o poder interior de intervir nas situações
externas. Essa postura vai tirá-lo da passividade e da dependência dos outros
ou da concessão das forças naturais, proporcionando as condições internas necessárias
para edificar uma vida nova.
Inicialmente você pode estranhar essa nova
concepção de vida. Para muitas pessoas é difícil pensar assim, aceitar como
verdade o fato de que são elas que põem em movimento tudo que lhes acontece e não
mais responsabilizar alguém — nem mesmo Deus — pelo que se passa com elas.
Você está disposto a encarar a vida por uma nova
óptica? Isso exige parar de se colocar como vítima e se dar uma chance de
estudar os acontecimentos por outro ângulo. Esta é uma tarefa que
requer tempo, observação e dedicação, porém os resultados serão promissores.
Empenhar-se na reformulação interior é um importante
passo para o sucesso e a realização pessoal. Essa conduta opera significativas
mudanças em sua forma de pensar e agir.
Renovado interiormente, você se tornará mais
perspicaz para compreender o motivo de sua vida, seguir um caminho e não outro,
e o significado de tantas adversidades. A vida não é estúpida nem inconsequente,
tampouco somos vítimas, mas sim os condutores de nosso próprio destino.
Mediante isso você não deve se sentir culpado. Se
sua postura ao longo da vida foi de omissão, assuma a responsabilidade. Ser
responsável é ter habilidade natural de criar respostas, passando a conduzir
sua vida de forma consciente. Lúcido de seu direito de escolha, você vai agir
com mais segurança, podendo evitar aborrecimentos e alcançar mais rápido a
felicidade.
Não confunda responsabilidade com obrigação.
Obrigação é forçar você a fazer algo contra sua
natureza, e responsabilidade é a consciência de seu poder de causar reações no
mundo.
Ser responsável é reconhecer e respeitar os próprios
sentimentos, usar de bom senso e assumir o direito de escolha, podendo dar ou
tirar a importância do que acontece ao redor. Você pode optar entre o positivo
e o negativo de uma situação. Encarar os fatos com otimismo é considerar as perspectivas
favoráveis, e com pessimismo é aceitar a derrota por antecedência. A qualquer
momento pode-se acreditar ou desacreditar, só depende de você.
Texto do livro Metafísica da Saúde
Reflitamos melhor antes de culpar os outros por nossa condição atual...
Força, Paz e Luz na caminhada
0 comentários:
Postar um comentário