Aqui, será apresentada a segunda parte deste tema. Então, vamos estudar...
Barriga da profissão
Revela a resignação dos prazeres em prol da
carreira.
Surge quando a pessoa está se anulando em função
das atividades profissionais. O trabalho é desempenhado com exagerada
seriedade. Perdem-se a alegria e a descontração durante a realização das
tarefas.
O aparecimento dessa "barriguinha"
representa que o trabalho passou a ser exercido de maneira acirrada, sem dores no
peito e por vontade própria. Os objetivos de galgar novos patamares de atuação
na carreira tornaram-se as únicas fontes de satisfação, perdendo-se qualquer
outra forma de realização pessoal.
Procure não viver exclusivamente para o trabalho,
pois, apesar dele ocupar um importante papel em sua vida, não é a única
fonte de realização. É preciso cultivar outros aspectos, tais como
relacionar-se harmoniosamente com as pessoas queridas e, principalmente,
respeitar aquilo que é essencial em você, como os impulsos que vertem
naturalmente na forma de desejos e aptidões.
Barriga da aposentadoria
É aquela que aparece ou se acentua com a
interrupção da atividade profissional. Quando a pessoa não apenas trabalha com
o que gosta, mas também tem no trabalho sua única fonte de satisfação,
aposentar-se a faz sentir-se tolhida em seu universo de realizações.
Há pessoas que não podem parar, porque praticamente
deixariam de ter um sentido de vida. Para essas, uma das evidências da
transição com o advento da aposentadoria é a acentuada presença da barriga que
denota um significativo freio nos impulsos vitais.
Para superar o abalo emocional e manter-se bem fisicamente, é necessário que a pessoa descubra novas fontes de satisfação e
renove seus objetivos, empenhando-se com motivação em busca de outros
horizontes de realizações.
Barriga do
relacionamento.
Sua manifestação mais comum ocorre após o
casamento, afetando principalmente os homens. Representa pessoa que camuflou
seus desejos na tentativa de integrar-se com o parceiro. Para manter uma
convivência amistosa e viver em paz com a pessoa amada, precisou negar alguns
anseios, reprimindo suas aspirações.
Vale lembrar que a felicidade afetiva não é obtida
por meio da repressão dos impulsos, mas, de um novo direcionamento das
vontades, administrando-as com a realidade.
Uma pessoa mimada, por exemplo, quer fazer tudo
aquilo de que gosta na hora em que tiver vontade. Obviamente, quando estabelece
uma convivência, surgem outras necessidades. Será preciso aprender a
administrar uma vida a dois ou em família de forma a não fugir às
responsabilidades nem negar a prática daquilo que é prazeroso.
Tudo é questão de programar melhor as atividades.
Afinal, sua agenda pessoal é compartilhada com os
integrantes da família.
Administrar a convivência sem comprometer as
próprias satisfações exige empenho e determinação. A felicidade depende da
habilidade de preservar as próprias vontades e compartilhar os momentos
agradáveis com quem amamos.
Não querer abrir mão dos próprios caprichos num
momento em que é impossível realizá-los é uma atitude inconsequente. O parceiro
terá de apontar a impossibilidade de realizar aquilo que a pessoa quer. Esta,
ofendida, projetará suas frustrações naquele que impôs limitações pela realidade.
Atitudes como essa revelam a imaturidade da pessoa
em relação à convivência familiar. Em vez de amadurecer no processo
existencial, camufla seus anseios, frustrando suas expressões na vida. Com o
tempo, surgem as crises no relacionamento, que na verdade são causadas pelos
recalques implantados sobre si diante da realidade.
Depois de um tempo, tudo isso vem à tona, gerando
uma série de desconfortos na convivência. A pessoa entra em crise, achando que
os outros a sufocaram, quando na verdade foi ela que não conseguiu preservar
suas satisfações. Por falta de habilidade para manifestar suas vontades em meio
a outras necessidades, rendeu-se aos imprevistos, sufocando seus desejos. Na
tentativa de agradar aos outros, conteve-se até que não aguentou mais,
entrando em crise existencial, projetando nos relacionamentos.
A verdadeira causa de crises dessa natureza é a
resistência da pessoa em amadurecer para lidar com os novos processos
existenciais.
Barriga da maternidade
O nascimento
de um filho é motivo de muita alegria para o casal, em especial para a mulher.
Renova os objetivos, desperta a motivação, faz renascer as esperanças e a
motivação pela vida.
Nessa fase é comum o surgimento de uma
"barriguinha", denunciando a camuflagem dos desejos. A própria força
que desabrocha com a chegada do bebê acaba sendo reprimida com os excessos de
zelo, as preocupações excessivas com o futuro da mulher, agora com um filho
"no colo", ou mesmo com o futuro da criança, nesse mundo repleto de
perigos, incertezas, etc.
Na verdade, as próprias expressões da mulher ficam
contidas. Seus objetivos, a carreira, coisas que antes geravam intensas
vontades não mais são praticadas.
Parece existir uma mulher anulada atrás de uma mãe
dedicada.
Certas necessidades são naturalmente transformadas,
mas há alguns desejos que são negados. Esses nem se comparam com as intensas satisfações
que o filho proporciona. No entanto, as pequenas frustrações irão pesar, futuramente, quando a criança
seguirá seus passos por outras direções na vida.
Nesse momento, as lacunas femininas geradas pela
anulação da mulher recairão sobre ela como um pesado fardo da vida, gerando
desconforto e insatisfações.
Para evitar que isso aconteça você poderá alterar a
maneira com que vem mantendo essa experiência, isto é; viver todas as
satisfações agradáveis que o filho proporciona, apreciar o sabor da maternidade,
mas, sem anular a mulher que existe em você, aproveitar cada sensação agradável
que o filho desperta, sem sabotar a própria felicidade com as preocupações
excessivas que cabem exclusivamente a você evitar. Procure curtir
intensamente esses momentos que expressam a magia da vida de uma mulher.
Em alguns casos, quando a mulher precisa trabalhar
e deixar o filho com outras pessoas, isso reprime o desejo de estar com ele por mais tempo. Nesse caso, seus impulsos mantêm-se camuflados, permanecendo reprimidos
na região do tórax, podendo desencadear o surgimento da "barriguinha"
na região abdominal.
No geral, o surgimento da gordura localizada, na
região abdominal, reflete a necessidade da pessoa gostar mais de si própria, no
sentido de realizar suas vontades, buscar ser querida pelo que é, e não ser
badalada pelos outros somente por atender às expectativas feitas sobre ela.
Preserve seu estilo, pois quem conheceu você de um jeito
pode estar conspirando a favor de sua mudança de hábito, por ser mais
conveniente a ele. Essa atitude, porém, poria um fim em sua chance de ser
realizada e feliz.
Gorduras alojadas excessivamente na região dos
quadris e coxas tornam a pessoa mais gorda na parte inferior do corpo
(característica: "peras"). Metafisicamente, esse estereótipo
representa que a pessoa deixou de ser audaciosa, contendo a força expressiva.
Sempre se lançou corajosamente na conquista de um futuro promissor, porém,
deixou de manifestar essas qualidades após certos obstáculos traumáticos que
abalaram a confiança em si mesma.
A pessoa perdeu as referências próprias, passando a
buscar apoio nos outros. Ela tanto pode tornar-se dominadora, querendo
controlar a vida dos entes queridos, quanto viver rodeada pelos familiares, fazendo o possível para agradá-los.
Exagera nas dedicações, tornando-se extremamente
prestativa para com as necessidades alheias, esquecendo de si própria.
No que se refere às questões de interesse geral,
que correspondem ao ambiente, age com eficiência e dinamismo. Atende às
necessidades dos outros com a presteza de uma mãe. Já quando é para cuidar de
suas próprias coisas, perde o desembaraço e deixa de ser criativa. Não sabe
tirar proveito das situações ao redor, envolve-se com tudo, mas não consegue
determinar nada para si. Não implanta obras que realmente garantam o futuro,
tampouco investe naquilo que é só seu.
Precisa estar sempre vinculada a alguém, não percebe que ao se dedicar ao outro, é necessário, também, se dedicar a si, caso contrário passará a
vida em função daqueles que a cercam, abandonando os próprios anseios e
objetivos.
Procure dar a si aquilo que dá aos
outros, como atenção, carinho e dedicação, pois desse modo irá fortalecer sua
segurança, promover a autoestima e diminuir a dependência. Despoje-se das
amarras e sinta-se livre para lançar-se naquilo em que você acredita. Use sua
criatividade e poder de controlar as situações em prol de seus sonhos. Você
consegue ser feliz com auto apoio e determinação. Acredite em você.
Texto extraído do livro Metafísica da Saúde
Força, Luz e Paz na caminhada
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