Essa é uma pergunta que está constantemente em nossa memória, pois fomos criados em uma sociedade que nos arremessa, quase sempre, contra o medo de errar. E desse medo saem outras ramificações emocionais: insegurança, ansiedade, culpa entre outras. Sendo assim, é essencial mover nossa atenção para dentro de nós e verificarmos o quanto essas forças ocultas, alimentadas por nossa personalidade, nos separa de núcleos mais sutis e desenvolvidos em nosso interior. Necessário se faz prestarmos mais atenção aonde queremos colocar o nosso foco: em que situação, em que assunto, em que meta. O que movimenta nossa decisão são os desejos de evoluir materialmente ou espiritualmente. Abro um parenteses, aqui, para tentar, dentro do possível, esclarecer o que é o desejo e a vontade, o que, para alguns escritores espiritualistas, possuem significado diferente.
Desejo, para estes escritores, está ligado exclusivamente ao que vem de nossa personalidade, isto é; a toda escolha que reflete nossa estado emocional ou mental. E é por este canal que nossas dúvidas encontram via de acesso. E isto se dá porque, como sabemos, nossa personalidade é negaólatra, ou seja; viciada na negatividade.
Vontade, por sua vez, reflete o que há de mais interno e desconhecido em nós, nosso aspecto superior e interior. Alicerçado em leis que pouco conhecemos, leis sutis, leis que estão muito longe, ainda, de serem entendidas pela ciência, educação ou qualquer uma das instituições instaladas neste planeta. Essa Vontade, muitas vezes, nos leva para situações que, na nossa visão, são injustas, desleais, ilógicas. No entanto, como está acima de nossos debilitados e doentes conceitos, entra em ação com leis depuradoras e transformadoras, derrubando tudo o que pensávamos ser sólido e duradouro.
Façamos, neste momento, um exercício para que o que foi escrito acima se torne mais claro. Então, vamos lá. Pense em uma situação que esteja pendente em sua vida. Partir para um novo relacionamento ou o término dele, a busca de uma profissão ou emprego, ou mesmo sair de sua cidade, estado ou país. Qual sua atitude interior? Fazer o que depende de você e confiar que tudo vem no momento certo? Que seu ser superior sabe do que você mais precisa, mesmo que você pense ao contrário? Ou faz promessas para todos os Santos desconfiando de cada um deles quando a resposta não vem no tempo que você imaginou? Será que essa frágil fé é derrubada pelo tempo de espera? Por um momento que seja, fale a verdade para você. Não sacaneie. Não seja pobre consigo mesmo. Não faça de conta que a coisa não diz respeito à você. Encare que a sua personalidade é tão negativa como a de qualquer ser desta superfície planetária. É encarando essa realidade relativa que podemos transformar, mudar, evoluir. Saindo desse marasmo alimentado pelo medo, e entrando num ciclo aonde todas as mãos, em conjunto, construirão uma Nova Terra.
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