No aprendizado que a lei do carma oferece, as dádivas são também provas: é preciso saber usar com correção os dons e bens que nos são entregues pela vida. Quando desperdiçamos os recursos de que dispomos, sejam eles materiais, sejam intelectuais, sejam espirituais, geramos carma restritivo, o que redunda em escassez desses recursos na mesma vida ou numa futura, em prejuízo das tarefas que nos cabem. Tudo o que nos cerca e tudo o que somos precisa converter-se em instrumento de serviço e ser utilizado de maneira adequada. Nesse sentido, a água, a eletrecidade, o alimento, o dinheiro, o transporte, o labor, o sono, a palavra, o sentimento e o pensamento deixam de nos pertencer e passam a ser vistos pelo que na verdade são: expressões dessa consciência onipotente.
Os débitos cármicos são criados pelo ser humano por ele aparentemente desligar-se de sua origem espiritual e identificar-se com as suas partes físicas e psíquicas , assim como, com o que é temporário, passageiro. Nos encontramos sob influência da lei do carma por estarmos condicionados e despreparados em lidar com duas forças contrárias a evolução: a força do desejo pelo supérfluo e a da ilusão de que o nível físico é a realidade única ou mais importante.
É necessário entender que é entre um nascimento e outro que nosso ser interior e imortal revê atos, sentimentos e pensamentos vivenciados anteriormente e se propõe, caso já seja medianamente evoluído, a equilibrar as desarmonias provocadas na encarnação recém-terminada. Toma decisões que, contudo, se mantêm claras apenas enquanto ele está fora dos corpos terrenos.
Com a reencarnação novos veículos (corpos) são estruturados e preparados para uma nova experiência, a memória, temporariamente, é interrompida. Na maioria dos casos, ao reencarnarmos não temos noção do que realmente viemos fazer no planeta. Isso pode ser notado pela vacilação que se apodera de muitos diante dos rumos a tomar na vida. Oportunidades de equilibrar faltas anteriores são pouco reconhecidas já que são encobertas por aspirações humanas e superficiais, individual e socialmente.
O trabalho consciente com essa lei nos permite desenvolver a lucidez sobre nossos comportamentos e atitudes, nos oferecendo a oportunidade de mudar, por opção, ações que se cristalizaram ao longo da vida e que nos trouxeram desequilíbrios.
Força e Luz
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