Para que uma pessoa viva bem e tenha uma boa saúde cardíaca é necessário que ela mova seus recursos internos para ser bem-sucedida no meio externo. Dê o melhor de si, procurando moldar a realidade de acordo com seus reais sentimentos. Essa manifestação ordenada preserva o sentido da vida, mantendo a pessoa motivada para realizar suas atividades de forma natural e espontânea. Conseqüentemente, a saúde é preservada. Já aqueles que mergulham de cabeça nas obrigações tornam-se displicentes para com as atividades que sempre apreciaram; deixam de curtir os amigos e os entes queridos, podendo contrair problemas cardíacos. Ao traçar seus objetivos, as pessoas aspiram pela conquista de uma vida melhor e com mais privilégios. No entanto, levam a termo aquilo que programaram para si, tornando-se escravos dos planos de conquista. Projetam para o futuro a expectativa de uma vida melhor, deixando de viver o presente. Com isso, elas perdem a qualidade de vida, submetendo-se a um frenesi histérico que massacra o seu humor. A dedicação maciça ao cumprimento das obrigações leva a pessoa a alterar seus valores básicos. Desse modo, aquilo que foi escolhido para o seu bem-estar torna-se a razão da sua infelicidade. Pois, quando não consegue alcançar o que almeja, sente-se fracassada e derrotada. A compulsão ao trabalho e o desejo de conquista impedem que e as pessoas olhem para dentro de si e reconheçam seus potenciais, preservando suas necessidades pessoais e afetivas. Um outro fator que também se torna altamente desgastante é a conduta de muitas pessoas frente a convivência afetiva ou social. Sua dedicação exclusiva aos outros ou às regras sociais fazem com que se anulem perante aqueles que convivem ao seu lado. Qualquer episódio desagradável que acontece ao redor é motivo de grande preocupação. Todas as suas atenções são dirigidas ao externo, num completo abandono de si mesmos. Por levarem uma vida totalmente contrária às vontades próprias, em função dos outros ou do trabalho, seu prazer pessoal é sufocado. Os valores adotados tomam-se seu principal objetivo de vida. Uma pessoa que vive em função do meio ou dos outros, ao ver planos interrompidos, abala-se, profundamente, sentindo-se angustiada e melancólica. Essa condição interna, metafisicamente, é propícia a desencadear os problemas cardíacos. Para reverter o quadro físico desses problemas é preciso fazer uma reformulação interior; resgatar os valores internos e mudar a conduta, passar a viver com mais qualidade, e não atolado nas obrigações que consomem seu vigor, dar o melhor de si, sem deixar que as atribulações se sobreponham ao seu bom humor, viver avida, mas não em função dos elementos da matéria; curtir tudo o que você tem e se dedicar ao que almeja conquistar, sem anular-se nem tão pouco sufocar sua essência.
As coisas da matéria servem para facilitar a vida, não podem se tornar à razão da nossa existência. As pessoas que compartilham da nossa vida têm grande valor afetivo, mas não podemos nos comportar diante delas de forma a ofuscar a percepção de nós mesmos. Precisamos resgatar aquilo que nos é próprio e verdadeiro. Não devemos permitir que as situações externas sufoquem o que é essencial em nós. Somos a fonte da vida e a razão do bem viver.
Texto extraído do livro: Metafísica da Saúde
Força, luz e paz na caminhada
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