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Hipófise na visão metafísica - parte 1

Posted by Magali Marcadores:


Metafisicamente, a reação do indivíduo ao que acontece ao redor mobiliza os mecanismos corporais, definindo as condições orgânicas. Mediante uma queda de temperatura, por exemplo, se ficarmos prostrados, contraímos a musculatura, causando tremor. Por outro lado, se reagirmos ao frio sem nos deixar abater por ele, daremos condições ao corpo para produzir calor, amenizando a friagem do ambiente. Os pensamentos induzem o sentimento. Nosso ponto de vista acerca de uma situação fará sentirmos algo a respeito daquilo que se passa ao redor. Esse estado interior estimula a liberação dos hormônios reguladores do organismo, predispondo-o a uma condição compatível com aquilo que estamos sentindo. Os sentimentos podem ser desencadeados tanto por uma questão real quanto imaginária. Desse modo, nossa mente tem capacidade de criar estados corporais de acordo com a maneira que interpretamos aquilo que nos acontece. Quando imaginamos uma situação de perigo, por exemplo, e ficamos pensando nos detalhes daquele suposto risco, passamos a nos sentir ameaçados. Consequentemente, os níveis de adrenalina no sangue aumentam, provocando tensão muscular e inúmeros outros sintomas físicos que caracterizam um estado de alerta a um perigo que só existe em nossa imaginação. A imaginação é baseada nos elementos que foram aprendidos em algum momento da vida. Ela é acionada por alguns fatores da realidade presente, mas seus elementos não consistem exatamente naquilo que está se processando ao redor. É uma forma de desviar nossa atenção para algo que vai além das situações momentâneas. A falta de estímulos externos figura entre os principais fatores que provocam a imaginação. Um bom relato disso é o ditado popular "Quando o corpo pára, a mente dispara". Não ter o que fazer induz-nos a criar uma série de situações imaginárias para compensar o marasmo das situações que nos rodeiam. Passamos longo tempo prostrados, imaginando uma série de eventos, que se passam como um filme em nossa mente. Nesse caso, a imaginação puramente passiva funciona como uma espécie de distração mental. Imersos no mundo da imaginação, atuamos pouco no ambiente à nossa volta. O tempo passa e a realidade não muda, tampouco fazemos algo para alterá-la. As imaginações infrutíferas criam mentalmente uma situação que não existe. É uma viagem que, em geral, sabota nosso poder de realização, comprometendo a capacidade de interagir com a vida material.

Existe também outro fator desencadeador da imaginação, que são as tensões e frustrações impostas pela realidade de vida. As frustrações embalam-nos o mundo da fantasia, objetivando amenizar as aflições causadas pelos insucessos. A tensão gerada por uma situação inusitada, como uma entrevista de emprego, só é amenizada pela imaginação, que distrai a pessoa com diversas suposições. A pessoa imagina, por exemplo, ser recebida ou entrevistada por alguém conhecido; quem sabe até lá esteja um colega de faculdade, ocupando uma posição de destaque naquela empresa. Suposições como essas deixam a pessoa mais relaxada e predisposta a ser bem-sucedida na entrevista. Esse é um modelo do bom uso da imaginação. Seguindo o exemplo anterior, se a pessoa ficar imaginando que irão exigir muito dela, que já foram entrevistados outros bem mais preparados que ela para ocupar aquela vaga, reduzindo sua chance de contratação, isso irá provocar medo, desânimo, aumentando a chance de fracassar. Esses são casos típicos do mau uso da imaginação. Como vimos, a imaginação pode ser positiva ou negativa, dependendo da maneira como cada um costuma usá-la. Se for bem dirigida, irá amenizar as aflições e suavizar os estados apreensivos; o mau uso piora o nervosismo, agravando as preocupações. Imaginar situações ruins é mais comum, visto que a mente é extremamente influenciada pela negatividade. Os acontecimentos ruins causam maior impressão sobre ela do que os eventos bons. Por isso, temos a tendência de imaginar sempre o pior. No âmbito energético, a hipófise desempenha funções semelhantes a uma estação transformadora das energias captadas do ambiente, que são mescladas com os conteúdos internos e submetidas à avaliação do ser. Esta última função equivale à atuação energética da pineal. Enquanto a glândula pineal tem função semelhante a uma espécie de antena que capta as energias provenientes da própria alma, a hipófise mescla essa força interior com as influências do meio externo. 

Texto extraído do livro Metafísica da Saúde


Paz e Luz